O Japão escolheu Hiroshima para sediar a reunião do G7 por várias razões. O primeiro ministro japonês é de uma família dessa cidade.
Hiroshima representa a destruição de um lugar e a morte de 140 mil pessoas a partir de uma única bomba, a primeira atômica da história da humanidade.
E por ser portanto o símbolo dos horrores mais brutais de uma guerra, era um lugar para concentrar as conversas sobre a guerra na Ucrânia.
Os líderes do G7 e mais os dois representantes da União Europeia já estavam alinhados não só nas diversas condenações mas também nas ações necessárias para punir a Rússia pela invasão.
Um comunicado listou uma série de medidas destinadas a aumentar ainda mais o estrangulamento da economia russa.
O problema para o G7 é que muitos países, apesar de condenarem a agressão russa contra a Ucrânia, não querem participar dessas sanções.
Foi anunciado que Zelensky, o presidente ucraniano, vai chegar no domingo à Hiroshima para aproveitar esse palco mediático mundial para pedir mais apoio.
A Ucrânia pretende fazer uma ofensiva militar para recuperar território mas quer mais armas, entre elas aviões como o caça americano F16.
E nesse ponto reside uma das questões mais delicadas dessa guerra.
O governo dos Estados Unidos por exemplo, reluta em aceitar que se entregue aviões por temer que uma derrota muito clara da Rússia possa fazer com que Vladimir Putin use armas nucleares na guerra.
Todos estão em Hiroshima. E aqui é o lugar perfeito para se lembrar do perigo e do horror desse tipo de bombas.