Lula assume presidência do Mercosul e critica exigências da UE
Com a prioridade de fechar acordo com a União Europeia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, nesta terça-feira (4), a presidência brasileira do Mercosul, bloco regional composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Durante a cúpula 62, na Argentina, o presidente brasileiro se comprometeu a concluir o acordo do Mercosul com a União Europeia. No entanto, destacou a importância de uma resposta às exigências que ele considerou “inaceitáveis” do bloco europeu, para um eventual acordo.
Sobre esse assunto, o presidente Lula comentou, também nesta terça - durante a live Conversa com o Presidente - que a intenção do Mercosul é elaborar uma carta contendo as intenções do bloco regional.
Ainda no discurso da cúpula do Mercosul, Lula disse que os países-membros devem “revisar e avançar nos acordos em negociação com o Canadá, a Coreia do Sul e Singapura”. Também buscar negociação com China, Indonésia, Vietnã e países da América Central e Caribe. Lula também propôs a criação de uma moeda específica para o comércio regional, sem prejuízo às moedas de cada país.
Lula destacou que a integração dos países do Mercosul vai além de um projeto apenas comercial e que precisa ser fortalecido. Para isso, mencionou que vai trabalhar pessoalmente pela aprovação da entrada da Bolívia como membro do bloco econômico, no Congresso brasileiro.
Também na Cúpula desta terça, o presidente Lula deu destaque ao enfrentamento da crise climática e a busca pela paz.
Além do Mercosul, o Brasil assume, em dezembro, a presidência temporária do G20, que são as principais economias do mundo. Em outubro, preside temporariamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas.