O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a assinatura do acordo entre o Mercosul e Singapura deve ampliar as relações comerciais e intensificar investimentos em diversas esferas de negócios.
Segundo Alckmin, a iniciativa deverá selar a participação dos países sul-americanos na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASIAN).
O presidente em exercício participou da Cúpula do Mercosul, realizada nesta quarta-feira (6) no Rio de Janeiro. A conferência reúne representantes da sociedade civil e dos governos dos países que integram o bloco econômico, formado pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A pauta do encontro é discutir o fortalecimento da democracia na região do Cone Sul e ampliar a participação social na agenda política do bloco.
Geraldo Alckmin também falou sobre a aprovação do Brasil à adesão da Bolívia ao Mercosul. Porém, a expansão do bloco ainda depende da autorização do governo boliviano.
Também presente ao evento, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que o governo brasileiro pagou quase U$ 100 milhões ao Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul, que tem uma agenda de impacto na vida das populações. Caberá agora ao Brasil apresentar novos projetos.
Serão priorizados aqueles que levem benefícios diretos para municípios situados até 150 km da fronteira com os demais sócios do Mercosul. Os U$ 100 milhões pagos pelo Brasil são para quitar parte das dívidas com organismos internacionais estimadas em R$ 3,8 bilhões. Desse total, R$ 2,4 bilhões são passivos de exercícios anteriores, e R$ 1,4 bi relativos ao exercício de 2023.
O ministro das Relações Exteriores falou sobre os avanços nas negociações do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia. O objetivo é uma integração de cadeias produtivas nos dois lados, e nos dois sentidos, tanto para ampliar as exportações, como para aquisição de tecnologias. Um dos benefícios dos países associados do Mercosul é a diminuição ou mesmo eliminação de barreiras tarifárias sobre o comércio de bens fabricados nos paises membros.