Acordo assinado após reunião na tarde dessa terça-feira (21), entre representantes dos poderes Executivo e Judiciário em Roraima, prevê que parentes levem remédios, produtos de higiene e roupas aos detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Pelo menos 29 presos foram infectados por uma doença de pele.
A OAB Roraima e a Defensoria Pública do Estado fizeram diversas denúncias sobre a situação do presídio e dos detentos. Já o Ministério Público (MP) Estadual pediu a interdição parcial do local. No pedido, o MP cita além da doença, a superlotação e as más condições do estabelecimento.
A entrega de roupas e produtos de higiene deve ser liberada nesta quarta-feira (22). A lista de remédios de uso controlado também deve ser divulgada em breve.
O acordo também prevê a transferência de reeducandos para outros blocos onde poderão receber atendimento médico.
A penitenciária deve passar por um processo de higienização, começando pelas alas prisionais. Ainda nesta semana, a unidade prisional deve ser desinfetada.
O governo informou, em nota, que ainda não foi notificado sobre a recomendação de interdição parcial da Monte Cristo pelo Ministério Público e que somente após ter acesso ao documento deve se prenunciar oficialmente.
A Secretaria de Saúde ressalta que as análises laboratoriais feitas pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde descartaram a hipótese de bactéria não identificada. Segundo a Vigilância em Saúde, trata-se de uma infecção de pele oportunista, que ocorre quando já existe uma lesão de pele tipo escabiose.
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo está sob intervenção federal desde novembro de 2018.