Durou pouco mais de 24 horas a liminar da 2ª Vara da Justiça de Búzios que determinava o lockdown na cidade, por causa do aumento de casos da covid-19 e da falta de leitos nas unidades de saúde locais para tratamento da doença.
O presidente do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, desembargador Cláudio de Melo Tavares, considerou, na sua decisão, que a liminar concedida em favor do aumento das medidas restritivas em Búzios causaria uma grave lesão à ordem pública, afetando o plano de retomada da economia local, que é voltado para o turismo, e causando prejuízos consideráveis aos moradores.
Ele entendeu que desde outubro o atual prefeito de Búzios, Henrique Gomes, está cumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado há seis meses pelo então prefeito, e afirmou que o número de leitos para tratamento da covid-19 foi aumentado e outras ações para conter o avanço da doença estão em andamento.
O desembargador considerou ainda que a ocupação de leitos para covid-19 em Búzios é de 70%.
A liminar estabelecia que os turistas deveriam deixar a cidade até este sábado, e muitos encerraram suas contas em hotéis e pousadas. Agora, o setor hoteleiro inicia campanha para atrair novamente a ocupação.
No entanto, em Petrópolis (Região Serrana) continua valendo a decisão da justiça federal para a suspensão imediata do funcionamento de bares e de templos e cultos religiosos, por causa do alto risco de contaminação pelo novo coronavírus e da falta de leitos para o tratamento da covid-19.
A prefeitura de Petrópolis informou que vai recorrer da decisão.