TJ-SP absolve dois acusados pela chacina de Osasco
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu dois dos acusados da chacina de Osasco.
O ex-cabo da Polícia Militar Victor Cristilder Silva dos Santos, e o guarda-civil de Barueri Sérgio Manhanhã, acusados de terem participado da chacina de Osasco, em agosto de 2015, foram absolvidos nesta sexta-feira (26) pelo Tribunal do Júri de São Paulo.
A chacina de Osasco entrou para a história como uma das maiores do estado de São Paulo. Ficando atrás apenas da Chacina do Carandiru. O crime foi atribuído a um grupo de extermínio envolvendo agentes de segurança que se vingavam da morte de um PM e um guarda-civil de barueri.
Dezessete pessoas foram assassinadas. As vítimas tinha entre 15 e 41 anos. Outras 6 pessoas morreram no que ficou conhecido como pré-chacina.
Esse foi o segundo julgamento do caso. Manhanhã e Cristilder já tinham sido considerados culpados pela Justiça.
Em 2017, Manhanhã foi condenado a 110 anos e, em 2018, Cristilder foi condenado a 119 anos.
Mas a defesa recorreu e o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou as sentenças.
O promotor do caso Marcelo Alexandre de Oliveira, promotor do 4º Tribunal do Júri de São Paulo, que trabalhou na acusação se disse frustrado com o resultado, mas que já era esperado.
Agora não cabe mais recurso à sentença e Cristilder e Manhanhã, que estavam presos, vão deixar os presídios nesse sábado (27).
O novo julgamento começou na segunda-feira (22) e durou cinco dias. Nesse período, familiares das vítimas fizeram vigília em frente ao Fórum de Osasco onde aconteceu o julgamento.
Nós tentamos conversar com o advogado dos réus, João Carlos Campanini, mas não conseguimos contato.
Outros dois ex-PMs Fabrício Eleutério e Thiago Henklain seguem presos, condenados pela chacina.