A Justiça do estado do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva de Eduardo Fauzi, acusado de jogar bombas caseiras na sede da produtora Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro. Fauzi fugiu para a Rússia, onde foi preso pela Interpol em setembro de 2020. Extraditado para o Brasil, chegou na noite da última quinta-feira, 3 de março, ao Rio de Janeiro, sendo levado direto para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da cidade.
A decisão foi da juíza Ariadne Villela Lopes, em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, na Central de Audiências de Custódia de Benfica. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Na decisão, a juíza não acolheu o pedido de relaxamento da prisão preventiva apresentado pela defesa de Fauzi, sob a alegação de excesso de prazo. O Ministério Público também já havia se manifestado pela manutenção da prisão preventiva.
A defesa também alegou que, em razão do processo ter sido transferido da Justiça Federal para a estadual, já que Fauzi deixou de ser acusado pelo crime de terrorismo, o mandado de prisão teria perdido a validade. A magistrada ressaltou que esta análise caberá ao juízo responsável pelo processo.
Em nota, o advogado Diego Rossi acrescentou que não há uma ordem de prisão expedida por um juízo competente e que considera descabida a decisão da juíza de custódia em manter a prisão cautelar de seu cliente. O advogado disse, ainda, que há um pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça ainda não julgado.
O atentado à produtora Porta dos Fundos aconteceu em dezembro de 2019. Os registros feitos pelas câmeras na rua onde fica a produtora, em Botafogo, na zona sul do Rio, mostram cinco homens jogando as bombas e Fauzi foi identificado porque era o único com o rosto descoberto.