A investigação sobre suposta extorsão promovida pelo ex-juiz e senador Sérgio Moro e o ex-procurador da República e deputado federal Deltan Dallagnol continua no Supremo Tribunal Federal.
A decisão é do ministro Ricardo Lewandowski e envolve denúncia feita pelo advogado Tacla Duran, que atuava na defesa da empresa Odebrecht na Lava Jato.
Em março deste ano, durante depoimento à 13° Vara Federal de Curitiba, Duran disse ter sido alvo, em 2016, de tentativa de extorsão por Sérgio Moro e por Deltan Dallagnol.
A Procuradoria-Geral da República defendeu que o caso fique no STF, porque alguns dos supostos atos podem ter sido praticados no exercício de cargos com foro especial por prerrogativa de função.
De acordo com a Procuradoria, a cronologia dos fatos aponta para eventual interferência de Sérgio Moro nos processos da Lava Jato, inclusive aqueles envolvendo Rodrigo Tacla Duran, enquanto Moro ainda era Ministro da Justiça, além da suposta interferência na condição de juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Pelas redes sociais, o senador Sérgio Moro disse que o processo não é de competência do Supremo, visto que os fatos inventados seriam anteriores ao mandato de senador. Afirmou que vai recorrer quando tiver acesso aos autos.
A produção tentou contato com o deputado Deltan Dallagnol, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.