A audiência de instrução com os acusados da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips terminou nessa quinta-feira.
Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, acusados dos assassinatos foram ouvidos pela Justiça do Amazonas. Mas, quando questionados sobre a participação no duplo homicídio e ocultação de cadáver, os três ficaram em silêncio.
Na audiência, os acusados solicitaram transferência para presídios no estado do Amazonas. Oseney e Jefferson estão detidos em um presídio federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul e Amarildo da Costa de Oliveira em uma Penitenciária Federal que fica em Catanduvas, no Paraná.
E justamente por estarem em presídios fora do Amazonas, os depoimentos foram colhidos de forma remota pelo juiz que estava no Fórum da Justiça Federal, em Tabatinga, distante pouco mais de 1.100 km de Manaus.
Ao fim da audiência dessa quinta-feira, a Justiça concedeu prazos para que as partes apresentem suas alegações finais por escrito: o Ministério Público Federal, que ofereceu denúncia contra Amarildo, Oseney e Jefferson, terá dez dias; os assistentes de acusação terão cinco dias; e dez dias para a defesa.
Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última vez em 5 de junho do ano passado pela comunidade de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, na região do Vale do Javari, Amazonas. Dez dias depois, os restos mortais dos dois foram encontrados.