A Burn Indústria e Comércio pode ser condenada por danos materiais e morais causados à população e ao meio ambiente. Isto porque, foi responsável pela espuma branca que paralisou a Estação de Tratamento de água do Guandu, em agosto deste ano. Cerca de 11 milhões de moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro ficaram sem água. Diante disso, o Ministério Público estadual entrou com ação na justiça contra a empresa.
A espuma se formou com o lançamento irregular de efluentes industriais, sem tratamento, nos Rios Queimados e Guandu, em agosto.
A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Iguaçu requereu, ainda, que a Burn seja condenada por despejar efluentes industriais não tratados nas galerias de águas pluviais ou em corpo hídrico receptor, sob pena de multa e interdição de suas atividades.
De acordo com o Ministério Público, análises das amostras coletadas pela Cedae e pelo Instituto estadual do Ambiente identificaram a presença de surfactantes, substâncias usadas na formulação de detergentes, em concentração acima dos limites previstos por lei.
E, ainda segundo o MP, a Burn é a única indústria localizada no Polo Industrial de Queimados que fabrica esse tipo de produto. E tem um agravante essa mesma substância foi encontrada nas análises de laboratório realizadas tanto nas galerias de águas pluviais da empresa quanto nas amostras coletadas na Estação de Tratamento de Água do Guandu.
A reportagem da Rádio Nacional não conseguiu contato com a defesa da Burn.