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Justiça

Mendonça pede vista e suspende julgamento sobre precatórios

Antes de pedido, Plenário havia formado maioria para liberar pagamento
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Ana Lúcia Caldas - Repórter da Rádio Nacional
28/11/2023 - 09:28
Brasília
29/05/2023 - Brasília - Sessão plenária do STF. 18/05/2023
Ministro André Mendonça participa da sessão plenária. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
© Carlos Moura/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal formou maioria para liberar o pagamento de R$ 95 bilhões, ainda em 2023, de precatórios, que são dívidas de decisões judiciais sobre as quais o governo não pode mais recorrer.

O julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro André Mendonça.

O relator, Luiz Fux, votou por autorizar a abertura de crédito extraordinário para que o governo federal regulariza, até 2026, o pagamento de precatórios. Ele também declarou a inconstitucionalidade do teto para o pagamento de precatórios, que foi proposto, em 2021, pelo governo de Jair Bolsonaro e aprovado pelo Congresso para cumprir as metas fiscais.

O teto foi questionado no Supremo, ainda em 2021, pelo PDT e a OAB. Por meio da Advocacia Geral da União, o governo Lula se manifestou a favor da antecipação do pagamento de precatórios que ficariam atrasados para 2027.

O objetivo principal é evitar o acúmulo de dívidas judiciais a um nível impagável no futuro. Caso o regime atual de pagamento de precatórios seja mantido, a dívida judicial acumulada pode chegar a R$ 250 bilhões em 2027, segundo a AGU.

Somente o acumulado entre 2022 e 2024 pode atingir R$ 95 bilhões. André Mendonça tem 90 dias para devolver o processo para julgamento .

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