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Justiça

Fim de Linha: prefeitura de SP assume empresas de ônibus investigadas

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Nelson Lin, repórter da Rádio Nacional
10/04/2024 - 16:37
São Paulo
Diretores de duas empresas de ônibus da cidade de São Paulo – Transwolff e Upbus – foram presos em uma operação do Ministério Público de São Paulo. - Garagem da Transwolff. Foto: Transwolf/Facebook
© Transwolf/Facebook

As duas empresas de transporte coletivo que foram alvo da operação Fim da Linha deflagrada ontem pelo Ministério Público de São Paulo sofreram intervenção da prefeitura de São Paulo. 

A partir de agora elas serão geridas provisoriamente por interventores indicados pelo prefeito Ricardo Nunes. O decreto com a intervenção foi publicado na tarde dessa terça (9).

Nunes explicou que a medida foi necessária para manter os serviços das linhas de ônibus operadas pelas empresas funcionando, além de manter os pagamentos a fornecedores e funcionários de forma a não prejudicar a população. 

As duas empresas  - a UpBus e a Transwolff - transportam cerca de 650 mil passageiros por dia na capital. De acordo com investigações do Ministério Público de São Paulo, ambas fariam parte de um grande esquema de lavagem de dinheiro da organização criminosa PCC. Ainda de acordo com um dos promotores responsáveis pelo caso, Lincoln Gakyia, o PCC estaria ganhando características de uma máfia.

Além disso, o Ministério Público e o Conelho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também vão investigar a suspeita de formação de cartel, pois há também desconfiança de irregularidades nas licitações para exploração do serviço de transporte público que as duas empresas ganharam.

Na operação deflagrada ontem, a polícia cumpriu quatro mandados de prisão e 52 mandados de busca e apreensão. A justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 592 milhões. E a Receita Federal, por sua vez, estima que os valores das multas ao grupo devem chegar aos R$ 200 milhões. 

 

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