A Justiça em São Paulo negou o pedido de exumação do corpo de Gal Costa, que morreu aos 77 anos, em novembro de 2002.
O pedido partiu do filho da cantora, Gabriel Costa. Ele questiona o atestado de óbito que menciona infarto agudo do miocárdio como causa da morte da cantora.
Segundo Gabriel, um dia antes do falecimento, a mãe estava aparentemente bem de saúde. Ele relata que a viúva de Gal, Wilma Petrillo, que recebeu o SAMU, teria proibido a autópsia, por suposto desejo da própria Gal, e determinou logo o sepultamento em jazigo particular, de acesso restrito, em São Paulo.
Gabriel sustenta que, no momento da morte, não havia nenhum médico que pudesse atestar o motivo do óbito. Por isso, agora que completou 18 anos, procurou a Justiça para pedir a exumação e necrópsia do corpo da mãe.
A Vara da Justiça paulista informou que o pedido de exumação extrapola a competência judicial neste momento. Mas, recomendou que Gabriel encaminhe do caso à Polícia Civil.
O filho de Gal pede, também, que o corpo da mãe seja transferido do Cemitério de Nossa Senhora do Carmo, na capital paulista, para o Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, segundo ele, conforme vontade da própria artista.
Gabriel Costa e Wilma Petrillo travam uma batalha na Justiça pela herança da cantora. Ele quer a anulação judicial de um documento que assinou, quando menor de idade, no qual afirmava que Wilma tinha união estável com Gal e que ele a considerava como mãe. Dessa forma, ela foi considerada herdeira da cantora e tutora do rapaz.
Gabriel disse que foi convencido a assinar outro documento, de que decidiu dividir igualmente os bens da artista com a viúva, quando ele teria direito legal a 75%.
O filho de Gal também acusa que Wilma o convenceu a tomar medicamentos de receita controlada, logo após a morte da cantora, o que prejudicou sua capacidade mental.