Amostras de óleo são coletadas em mais três municípios do Rio de Janeiro para análise
A Marinha do Brasil recolheu amostras de óleo em mais três cidades do litoral norte do Rio de Janeiro. De acordo com a nota divulgada, foram retirados pequenos fragmentos de óleo nas praias de Santa Clara e Guriri, em São Francisco de Itabapoana; e na praia do Barreto, em Macaé. No Canal das Flechas, em Quissamã, foi coletado aproximadamente um quilo do resíduo. Todo o material foi encaminhado para análise e investigação da origem.
Não se sabe, por enquanto, se o óleo encontrado é o mesmo que chegou às praias do Nordeste, no Espírito Santo e, recentemente, ao município de São João da Barra, também no Norte Fluminense.
Mas, antes mesmo da análise do produto coletado, o professor da Faculdade de Oceanografia da Uerj, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, engenheiro ambiental e oceanógrafo David Zee ressalta a importância da pronta resposta e monitoramento desses locais, para evitar um dano ainda maior.
“O que o Rio de Janeiro tem que fazer, principalmente os municípios litorâneos até Cabo Frio, é efetivamente saber o canal de comunicação caso chegue algum óleo na praia. E monitorar o litoral, ver se está chegando fragmento de óleo”.
Na última sexta-feira, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação do desastre, formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo e IBAMA, confirmou que cerca de trezentos gramas de pequenos fragmentos de óleo foram removidos da Praia de Grussaí, em São João da Barra.
O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira e constatado como compatível com o petróleo que atingiu a costa brasileira.
Após a confirmação de que o vazamento chegou ao litoral do Rio, o Ministério Público do estado avaliou a necessidade de interdição da Praia de Grussaí. A medida, segundo o MP, visava proteger banhistas e a população local do risco de contaminação.
A Marinha destacou, no entanto, que depois do trabalho de limpeza realizado, as praias do município de São João da Barra estão aptas para o banho.
Já o comandante do 1º Distrito Naval, vice-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, após reunião nesse domingo, que discutiu as ações para mitigar os efeitos do óleo no litoral fluminense, afirmou que o impacto será menor no Sudeste e que não há motivos para alarde.