Máscaras devem ser descartadas de forma correta para evitar contaminação de garis e catadores
Há pouco mais de dois meses, antes da chegada do coronavírus ao país, a falta de um planejamento adequado para o descarte de vidros, objetos e copos quebrados e pontiagudos já era uma grande preocupação para a dona de casa. Há exemplos de garis, que, enquanto trabalhavam, sofreram lesões e até contaminações. É o que lembra Agnaldo Santos, morador da Cidade Ocidental, que trabalha como gari no Distrito Federal.
Agora, com a obrigatoriedade do uso de máscaras a partir desta quinta-feira (30) para a proteção contra a Covid-19, Agnaldo está pensando em deixar o emprego por medo de se contaminar na hora de recolher o lixo.
A Jornalista Karina Baracho obedece a recomendação do governo da Bahia desde dia o último dia 23, quando foi implementada. Ela usa a máscara reutilizável, de tecido, e explica como é feita a esterilização e o descarte para evitar contaminação.
A engenheira ambiental e coordenadora de Mobilização do SLU - Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal, Luana Sena, conta que, desde o dia 20 de março, foi adotado um protocolo de segurança. Os garis receberam equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras. Luana Sena pede que a população ajude os trabalhadores da limpeza no recolhimento seguro do lixo.
A proposta da lei 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos era acabar com os lixões até 2014, substituindo por aterros sanitários. Porém nem todos os municípios conseguiram atender a política. Hoje existem três mil lixões no país.