Áreas de baixo carbono estão produzindo de forma mais sustentável
Com tecnologias que envolvem recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta e tratamento de dejetos animais, as áreas agropecuárias chamadas de baixo carbono no Brasil estão aumentando e conseguido produzir de forma mais sustentável.
Entre 2019 e 2020, propriedades que buscaram financiamento no Programa ABC, Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, passaram de 245 mil hectares para mais de 485 mil hectares, um crescimento de quase 100%.
A região Centro-Oeste lidera a busca por financiamento dentro do programa e também no tamanho da área financiada, com mais de R$361 milhões, em uma área superior a 271 mil hectares.
Os agropecuaristas de Mato Grosso do Sul foram os que mais expandiram a área com a adoção de práticas de baixa emissão de carbono, totalizando 167 mil hectares de área financiada.
A proteção do solo e o aumento de produção são os resultados que a produtora Ana Nery, do município sul-matogrossense de Maracaju, percebeu ao adotar o plano ABC, em 2013.
Marize Porto tem uma propriedade em Ipameri, em Goiás, outro estado onde muitos produtores aderiram ao modelo de financiamento. Ela destaca os benefícios no campo social e ambiental, ao aderir ao programa.
A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Mariane Crespolini, comenta que o Ministério já está em processo de revisão do plano, após 10 anos de funcionamento.
Além da produção, o programa também oferta a linha de financiamento para que o produtor rural possa se adequar ao Código Florestal, por meio da recuperação de reserva legal, áreas de preservação permanente, recuperação de áreas degradadas e implantação e melhoramento de planos de manejo florestal sustentável.