A erosão ameaça construções na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, a 80 quilômetros da capital Natal. E para evitar o desmoronamento de prédios próximos à falésia do litoral potiguar foi apresentado um relatório que pede providências urgentes para que não aconteçam novos desmoronamentos na região.
Lembrando que, em novembro do ano passado, o desabamento de parte da falésia matou um casal de turistas e seu filho, um bebê de 7 meses, na Baía dos Golfinhos, em Pipa.
De acordo com relatório do Idema, o Instituto Estadual de Meio Ambiente, entregue neste mês ao Ministério Público Federal, a falésia da praia de Pipa, em Tibau do Sul, sofre erosão progressiva, causada pela maré alta e a interferência humana. Um exemplo é a falta de calhas para escoamento da água da chuva.
O diretor do Idema, Leon Aguiar, explica que a legislação estadual do ano 2000 previa recuo de 33 metros entre as construções e a beira da falésia. Em 2012, quando entrou em vigor o Novo Código Florestal, esse recuo passou para 100 metros, quando já havia casas, restaurantes e hotéis na área.
Atualmente, 40 imóveis construídos no topo da falésia estão em área considerada de risco. onze deles em condição crítica. A comerciante Ludmila Abreu, que tem uma lanchonete em Pipa, aguarda o que será definido para que possa seguir trabalhando com segurança.
Considerada uma das praias mais belas do país, em 2020 Pipa recebeu o prêmio Traveler's Choice Beach, que é dado aos melhores destinos turísticos do mundo.