A Petrobras rebateu os argumentos do Ministério Público Federal na discussão sobre a autorização para perfurar na região da foz do Amazonas. A estatal reforçou que os estudos realizados não apontam risco de o óleo atingir a costa no caso de um vazamento.
Em resposta à Rádio Nacional, a empresa afirmou que as análises seguiram todas as diretrizes e recomendações do Ibama e aplicaram modelos hidrodinâmico e de dispersão de óleo reconhecidos internacionalmente.
Os resultados desses estudos de dispersão de óleo foram comparados com dados de medição direta. Mais de 90 derivadores, parecidos com boias, que imitam o comportamento da deriva do óleo no mar, foram utilizados. E, segundo a empresa, os resultados comprovaram a eficácia dos modelos de estudo.
Segundo a empresa, a chance de o óleo chegar a outros países também é remota.
Mesmo no caso de vazamento, a Petrobras garantiu que tem estrutura de resposta “robusta” e que o plano de emergência está alinhado com as solicitações da equipe técnica do Ibama.
Ainda segundo a Petrobras, de acordo com órgãos oficiais, como ICMBio e Funai, não há unidades de conservação ou terras indígenas próximas da localidade do poço. Filmagens na região da perfuração não encontraram indícios de recifes ou outros organismos sensíveis.
O Ministério Público Federal divulgou uma nova recomendação em que pede que o Ibama negue de novo o pedido de licenciamento da Petrobras para perfurar na região da foz do Rio Amazonas. O MPF deu dez dias para o Ibama informar se acata ou não a recomendação. O Ibama ainda não respondeu aos nossos pedidos de posicionamento.