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Meio Ambiente

COP30: Brasil pede mutirão para combater mudanças climáticas

Posição consta na primeira carta da presidência da COP30
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
10/03/2025 - 16:50
Brasília
Brasília, (DF) 10/03/2025 - A secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Diretora-Executiva (CEO) da COP30, Ana Toni, e o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores e Presidente da COP30, Embaixador, André Corrêa do Lago (d), durante coletiva sobre o lançamento da Carta da Presidência da COP30. 
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Brasil pede aos países um “mutirão” para combater as mudanças climáticas, na primeira carta da presidência da COP30, divulgada nesta segunda-feira (10).

O documento, assinado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da Conferência, diz que a mudança do clima já “chegou à nossa porta”, mas com uma “ação coletiva, teremos a possibilidade de reescrever um futuro diferente. Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia, mas sim pela resiliência”.

O embaixador alerta que é hora de partir para ações concretas para aproximar a população das discussões.

A carta defende que o fim do desmatamento de florestas e a recuperação de áreas destruídas podem remover enormes quantidade de gases de efeito estufa e restaurar ecossistemas.

Para isso é preciso mais investimento global. O documento afirma que a COP, que acontece em Belém, em novembro, pode ser o momento para alinhar os fluxos financeiros internacionais e integrar as transições digital e climática “em uma única nova revolução industrial”.

O coordenador de política internacional do Observatório do Clima, Claudio Angelo, diz que a carta acerta ao reconhecer que a crise climática já é realidade e defender o multilateralismo. No entanto, critica a falta de posição sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.

A carta pede que os líderes dos países honrem as promessas para limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5 °C. E reforça a necessidade de pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para financiar a transição nos países em desenvolvimento.

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