O Amazonas, segundo rio mais extenso do mundo, com quase 7 milhões de quilômetros e mais de mil afluentes, é mais velho do que estudos anteriores apontavam.
Ao invés de 1 milhão a 1,5 milhão de anos, o rio possui entre 9 milhões e 9,5 milhões de anos.
A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com cientistas de universidades da Europa, incluindo França, Itália e Alemanha.
O Amazonas nasce nos Andes, atravessa a América do Sul e joga os sedimentos no Oceano Atlântico.
Os pesquisadores acreditam que quando os Andes se transformaram numa cadeia de montanhas criou-se uma barreira que impediu a massa de ar úmida, formada no Oceano Alântico, de ir para o Oceano Pacífico, resultando na distribuição da umidade para o Brasil Central.
Tanto é que na região dos Andes chove 15 mil milímetros por ano, enquanto no Distrito Federal, o índice pluviométrico é de apenas 1,4 mil milímetros anualmente.
A constatação aconteceu a partir da análise dos sedimentos compostos de fósseis de plantas encontrados na foz do rio, no Pará.
De acordo com o professor e geólogo da UnB Roberto Ventura a ideia é entender o processo de evolução do rio, não só na questão climática .
O pesquisador disse que o estudo resultou em publicações de artigos em várias revistas internacionais.
Ventura ressaltou que a ideia é continuar os trabalhos científicos para propor soluções de uso sustentável da floresta amazônica.