Preocupados em preservar a pesca artesanal de mexilhões e a sobrevivência das famílias que vivem da atividade em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, pesquisadores da Universidade Federal Fluminense criaram um projeto para ajudar no desenvolvimento econômico e social da maricultura.
A iniciativa vai fazer o monitoramento das três mais importantes comunidades de produção do molusco na cidade para aumentar a qualidade higiênico-sanitária dos mexilhões produzidos, além de auxiliar as famílias produtoras com informações sobre empreendedorismo e gerenciamento.
A coordenadora do Projeto, a doutora em Ciências Biológicas e professora da UFF, Eliana Mesquita, afirma que a iniciativa vai conferir mais segurança na produção e comercialização do molusco, muitas vezes alvo de preconceito devido à poluição da Baía de Guanabara. Ainda segundo a pesquisadora, a iniciativa também vai ajudar a fomentar o comercio de mexilhão como um produto tradicional da cidade.
A iniciativa também pretende criar uma unidade de beneficiamento de moluscos em uma das comunidades de pescadores, oferecendo melhores condições de trabalho às famílias a aumentando a segurança na produção do alimento.
O projeto acabou sofrendo um atraso por causa da pandemia, mas já foram feitas coletas dos mexilhões in natura das quatro estações do ano que passarão por análises nos laboratórios da UFF. Os marisqueiros também foram visitados, entrevistados e passaram por treinamento com apoio da Fiperj, Fundação Instituto de Pesca do Estado.