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Política

CPI da Petrobras pode durar até 22 de dezembro

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Pollyane Marques
30/10/2014 - 09:15
Brasília

Os trabalhos da CPI Mista que investiga irregularidades na Petrobras podem ser prorrogados até o dia 22 de dezembro, um mês além do previsto para o encerramento das atividades. Mas para isso, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores.


Além disso, vão ser realizadas duas sessões por semana para adiantar a análise dos documentos que já estão na Comissão, e para as oitivas. O presidente da CPI Mista, Vital do Rêgo, não descartou ainda, pressionar mais uma vez o Supremo Tribunal Federal para ter acesso às delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef nesse período.

 

No dia 15 deste mês, o presidente da CPI Mista entrou com um mandado de segurança no Supremo pedindo acesso às delações


Na próxima semana, os líderes partidários devem se reunir para definir quem ainda será ouvido pela CPI Mista.

 

Nesta quarta-feira (29) deputados e senadores ouviram o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza.

 

Durante o depoimento, Cosenza disse desconhecer a existência de um cartel para manter um esquema de propina na estatal, mas que o assunto está sendo alvo de auditoria interna na empresa. O diretor também declarou que nunca ouviu falar de propina na Petrobras e que nunca foi procurado para compor nenhum esquema.

 

Conseza atualmente exerce o cargo antes ocupado por Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal, e que em depoimento teria confirmado a existência de um esquema de propina que destinava 3% dos valores dos contratos para serem repassados a partidos políticos.

 

Os desvios podem somar 10 bilhões de reais. O atual diretor disse ainda que conheceu Paulo Roberto Costa durante a transição de diretorias, mas que não manteve contato com ele após a troca de diretores. Afirmou também desconhecer Alberto Yousseff, também preso pela Polícia Federal acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro.

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