O doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, disse, em depoimento de delação premiada, que pagou propina a João Abreu, que foi chefe da Casa Civil do Maranhão, quando Roseana Sarney governava o estado. Conforme Youssef, a "comissão" tinha por objetivo favorecer a empreiteira UTC/Constran com a liberação de um precatório de R$ 110 milhões, referente a obras de pavimentação da BR-230 na década de 1980.
De acordo com o doleiro, a UTC tinha interesse em receber rapidamente o precatório, que poderia levar anos para ser pago pelo governo. Conforme o depoimento de Yousseff, ficou acertado que Abreu receberia R$ 3 milhões dos R$ 10 milhões pagos pela empresa, que dividiu a quantia em 24 parcelas.
Em nota à imprensa, a UTC afirmou que não houve irregularidade no pagamento do precatório.