O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, arquivou nesta quarta-feira (8) pedido para anular os depoimentos de delação premiada de Alberto Yousseff. O doleiro é o principal denunciante do esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Toffoli entendeu que não cabe habeas corpus contra decisão de outro ministro da Côrte. O pedido de anulação foi feito pela defesa de Erton Medeiros, executivo da empreiteira Galvão Engenharia. Ele está preso em Curitiba desde novembro do ano passado. Para os advogados de Medeiros, as declarações de Yousseff não têm validade.
Eles alegam que o acusado quebrou o acordo de delação em um dos processos do esquema de corrupção conhecido como Caso Banestado.
Desde os primeiros recursos da Lava Jato no ano passado, o ministro Teori Zavascki é o relator dos processos dos investigados, mas o pedido dos advogados de Medeiros foi distribuído a Dia Toffoli para tentar derrubar as delações aprovadas por Zavascki.
Em setembro de 2014, Yousseff foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa no caso Banestado. De acordo com a sentença, ficou provado que Yousseff fez um empréstimo fraudulento de U$$ 1,5 milhão no Banco do Estado do Paraná em 1998, e pagou propina ao então diretor institucional do banco.