Na Câmara dos Deputados, o pronunciamento mais aguardado nesta terça-feira (15) era o do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que quando os deputados discutiam algum assunto de interesse do banco BTG, Cunha se tornava um garoto de recados do banqueiro André Esteves.
O presidente da Câmara afirmou que manteve diálogo com todos os banqueiros que bateram à porta do gabinete dele, mas evitou comentar a delação.
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE) ponderou que é preciso respeitar a Constituição, sem fazer pré-julgamentos, e pediu cautela com as delações premiadas.
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), anunciou que vai enviar para a Procuradoria-Geral da República uma representação contra o ministro da Educação Aloizio Mercadante. A oposição quer que a Justiça mande prender o ministro.
Aloizio Mercadante comentou sobre o caso ser levado à Procuradoria-Geral da República.
Para firmar o acordo de delação premiada a pessoa precisa confessar que praticou o crime e oferecer provas de que o depoimento é verdadeiro. A vantagem é que, se for condenado, o colaborador pode ter a pena reduzida.