Após 30 sessões, ocorre nesta quinta-feira (4) a última reunião da Comissão do Impeachment do Senado. Os 21 membros vão votar se aceitam ou não o parecer do relator Antônio Anastasia, do PSDB. O relatório pede a abertura do julgamento por crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff.
A expectativa é que o placar seja igual ao da votação da admissibilidade em maio, quando foi aprovado a continuação do processo na comissão por 15 votos contra 5.
O advogado de defesa da presidenta afastada, José Eduardo Cardozo, diz que ainda tem esperança de reverter o placar no plenário do Senado.
A senadora do PP, Ana Mélia, disse que esta convencida de que Dilma Rousseff precisa ser afastada ou impedida.
Nessa quarta-feira (3), o debate do parecer foi marcado por bate-bocas.
O senador Lindbergh Farias, do PT, disse que o governo interino e a base governista estariam pressionando para antecipar o final julgamento. A fala de Lindbergh gerou um bate-boca, principalmente com o senador Magno Malta, do PR.
A defesa defende que o início do julgamento ocorra dia 29 e sem sessões durante alguns finais de semana.
Peemedebistas querem que a última etapa comece dia 25, com sessões nos sábados e domingos.
Outra discussão, que interrompeu os trabalhos da comissão, nessa quarta-feira, foi entre a senadora Kátia Abreu, do PMDB, contrária ao impeachment e o senador José Medeiros, do PSD, favorável ao afastamento de Dilma Rousseff.
Se a comissão aprovar o relatório de Anastasia, nesta quinta-feira, o texto será votado pelo plenário do Senado no dia 9 de agosto. Se aprovado novamente, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, vai marcar a data do julgamento final, previsto para o fim deste mês.
