O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Domingos Roriz, réu em processos da Operação Aquarela, teve uma das ações prescrita por ter mais de 70 anos.
A Operação deflagrada pela Polícia Civil do DF em 2007, investigou desvios de dinheiro público em contratos sem licitação entre o Banco de Brasília (BRB), a Associação Nacional de Bancos (Asbace) e a ATP Tecnologia e Produtos S.A.
O esquema desviou mais de R$ 400 milhões dos cofres do BRB, entre 2004 e 2007. O Ministério Público só ofereceu denúncia em 2011.
Entre os fatores que contribuíram para a lentidão do processo estão a grande quantidade de material incriminatório, como quebra de sigilos, mandados de busca e apreensão, e a dificuldade em citar e intimar os 23 réus, bem como os diversos recursos permitidos pela legislação penal.
Um dos impactos da Operação Aquarela foi a renúncia de Joaquim Roriz, na época senador pelo PMDB, para evitar a cassação do mandato. O episódio ficou conhecido como "Bezerra de Ouro".
Com a renúncia, assumiu o então suplente, Gim Argello (PTB), que está preso atualmente pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.