Centrais sindicais e movimentos sociais que organizaram a greve geral do dia 28 de abril voltaram às ruas, nesta segunda-feira, no Recife, para marcar o Dia do Trabalhador e protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária e pedir a saída do presidente Michel Temer.
Ao contrário da manifestação ocorrida no dia da greve geral, na última sexta-feira, que ocupou pelo menos cinco quarteirões da Avenida Conde da Boa Vista, o ato desta segunda teve um número de pessoas pequeno.
O presidente estadual da CUT, Central Única dos Trabalhadores, Carlos Veras, disse que os esforços foram concentrados no dia 28 de abril, e nesta segunda o ato do Dia do Trabalhador foi realizado para lembrar a data como um dia de reivindicação de direitos.
Sonora: “Hoje estamos na rua para manter a luta viva. O dia 28 não foi o fim, foi o começo, nos vamos ter muita resistência e esse 1º de maio tem que ser feito assim. Como sempre fizemos. Mas antes a gente brigava para reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Hoje estamos brigando para manter, porque eles querem levar pra 48 horas”.
O contexto político e social do país foi o que levou a advogada e educadora Luciene Silva de Andrade, de 53 anos, a protestar. Ela contou que os últimos atos de rua dos quais participou foram os da redemocratização do Brasil, na década de 1980. Chegou a apoiar causas, mas não ia pra rua. Agora, voltou a se manifestar no dia 28 e também no Dia do Trabalhador.
Sonora: “O momento atual, a situação crítica, tem levado a esse sentimento e a essa reflexão da necessidade da gente dizer que não dá para prejudicar os que já vivem tão oprimidos, tão escravizados”.
Além das centrais sindicais, participaram da manifestação categorias como as dos bancários, policiais civis, servidores dos Correios e do Detran de Pernambuco e movimentos sociais.