Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiram na tarde desta terça-feira conceder prisão domiciliar para Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, Frederico Pacheco, primo do senador, e para Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela, acusado de intermediar o recebimento de propina entre o empresário Joesley Batista e Aécio.
Todos foram presos em maio, no mesmo dia em que o Aécio Neves foi afastado do mandato pelo STF, e respondem por suspeita de corrupção passiva.
Na semana passada, os ministros tinham negado a soltura de Andrea Neves, mas como na sessão de ontem ficou decidido conceder prisão domiciliar para Mendherson Lima, os ministros resolveram estender o benefício para Andrea e Frederico Pacheco. Isso porque nos três casos, os argumentos são muito semelhantes. Os três terão que usar tornezeleira eletrônica.
O advogado de Aécio Neves, Alberto Toron, avaliou que a decisão é um bom sinal para o senador, que ainda deve ter o pedido de prisão preventiva analisado pelo STF.
O ministro Marco Aurélio, relator do pedido de prisão de Aécio, achou melhor adiar o julgamento sobre este pedido depois que a defesa protocolou, também nesta terça, um recurso argumentando que o caso deveria ser julgado pelos onze ministros do STF, e não apenas pela primeira turma. Marco Aurélio indicou que o julgamento deve ficar para depois do recesso de julho.
O que estava na pauta desta terça era recurso da Procuradoria Geral da República contra a decisão do ministro Edson Fachin, que negou a prisão preventiva de Aécio em maio, quando foi determinado o afastamento do senador do mandato.
* Matéria atualizadapara às 20h26 para acréscimo de informações e inserção de sonora.