A base governista conseguiu adiar a votação da PEC das Diretas na Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ da Câmara.
Os parlamentares fieis ao Palácio do Planalto usaram mecanismos de obstrução para impedir a votação. Quando eles retiraram a presença da sessão, o presidente da CCJ foi obrigado a cancelar a reunião por falta de quórum para votar a matéria.
A oposição protestou. O deputado Waldir Damous, do PT, pediu a aprovação da Emenda pois, segundo ele, este é anseio da população.
O vice-líder do governo, deputado Tarcísio Perondi, do PMDB, respondeu aos apelos da oposição, dizendo que a população quer é trabalhar e os empresários querem um clima melhor para a economia.
A Proposta de Emenda à Constituição em discussão prevê eleições diretas para presidente da República até seis meses antes do fim do mandato.
Atualmente, eleições diretas só ocorrem se o cargo de presidente e vice ficarem vagos até o segundo ano do mandato.
A expectativa é que a Comissão volte a debater o tema na próxima semana. O Senado já aprovou em Comissão uma PEC das Diretas, que agora aguarda ser pautada no Plenário.
* Áudio e texto atualizados para acréscimo de informações às 18h02.