Deputados contra e a favor do presidente Michel Temer disputam argumentos sobre a denúncia de corrupção passiva na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
114 deputados se inscreveram para debater o tema na CCJ. 82 para falar a favor da denúncia contra Michel Temer e 32 para falar contra a denúncia e a favor do presidente.
A discussão foi marcada, no início, pela agressão verbal do deputado Waldmir Costa, do Solidariedade, contra o relator da denúncia, Sérgio Zveiter, do PMDB.
O relator da denúncia, Sérgio Zveiter, defendeu seu parecer pela continuidade do processo contra Temer e disse que o interesse da sociedade está em jogo.
Em defesa do presidente, o deputado Danilo Fortes, do PSB, defendeu que a teoria do direito da sociedade não pode prevalecer em relação a presunção da inocência.
As mudanças de integrantes na CCJ também continuaram nessa quarta-feira (12). Ao todo, 24 substituições já foram feitas, sendo 13 de membros titulares, que têm direito a voto.
Com as trocas, as lideranças governistas acreditam que têm cerca de 40 votos na Comissão, de um total de 66 deputados titulares da Comissão.
Fecharam questão para votar contra a denúncia as bancada do PSD, PMDB, PP e PR. Com a bancada fechando questão, os deputados desses partidos que votarem a favor da continuidade do processo podem ser punidos. Somadas, essas 4 legendas chegam a 185 deputados. Número suficiente para barrar o processo.
O partido Democratas vai encaminhar voto a favor de Temer, mas sem fechar questão, e o PSDB vai liberar a bancada.
Para aprovar a denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, 342 deputados tem que votar a favor da continuidade do processo de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.--