Em depoimento à Justiça Federal em Brasília, o ex-prefeito do Rio de janeiro, Eduardo Paes, negou ter conhecimento de um esquema de corrupção para revitalização do Porto Maravilha, obra projetada para a Olimpíada.
Paes prestou depoimento nessa quarta-feira (5) por meio de videoconferência como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba.
A ação apura um suposto esquema de corrupção no Fundo de Investimentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal.
Esse esquema de corrupção, segundo o Ministério Público, era feito com recursos do fundo para as obras.
O deputado cassado Eduardo Cunha, o ex-ministro Henrique Alves, o doleiro ligado à Cunha Lúcio Funaro e mais 2 empresários são acusados de receber propina para viabilizar projetos como a revitalização do Porto.
Paes negou também que Cunha e Alves tenham participado do projeto.
O ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior afirmou, em delação premiada, que a empreiteira pagou R$ 19 milhões a Eduardo Cunha para que o ex-deputado ajudasse na liberação de recursos do FI-FGTS para obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha ainda encaminhou nessa quarta-feira (5) um questionário ao presidente Michel Temer, que também é testemunha de defesa de Cunha.
Neste mesmo processo o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também prestaram depoimento como testemunhas de Eduardo Cunha.
Eduardo Cunha, Henrique Alves e Marcelo Odebrecht estão presos.