Geddel Vieira Lima vai para prisão domiciliar; ex-ministro deverá usar tornozeleira eletrônica
O desembargador da segunda Instância da Justiça Federal em Brasilia, Ney Bello, concedeu prisão domiciliar ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. A decisão foi publicada nessa quarta-feira (12).
Geddel estava preso desde o inicio do mês na penitenciária da Papuda, em Brasilia, por ordem do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, que, na semana passada, negou prisão domiciliar ao ex-ministro.
Na decisão desta quarta-feira, o desembargador diz que não há fatos ou dados concretos que comprovem o uso de força política por parte de Geddel para interferir nas investigações.
Ney Bello determinou ainda que o ex-ministro não pode ter contato com outros investigados e deverá utilizar tornozeleira eletrônica.
Geddel Vieira Lima é acusado de tentar obstruir as investigações que apuram supostas fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal.
De acordo com a Polícia Federal, ele estaria tentando evitar que o ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro, que estão presos em Curitiba, firmem acordo de colaboração com o Ministério Público.
Os procuradores afirmam que o ex-ministro estava pressionando a mulher de Lúcio para sondar a possibilidade de o doleiro fechar uma delação premiada.
Em nota, a defesa de Geddel disse que a concessão do habeas corpus foi apenas o primeiro passo que vai evidenciar a inocência do ex-ministro, e acrescentou que ele foi acusado sem provas de ilegalidade.
* Texto e áudio atualizados às 23h26 de 12/07/17 para atualização de informação.