Segunda denúncia contra Temer vai seguir o mesmo rito da primeira acusação na CCJ
A segunda denúncia contra o presidente Michel Temer vai seguir o mesmo rito da primeira acusação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A determinação foi anunciada pelo presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, após reunião com os líderes partidários. E a expectativa do presidente da comissão é que a denúncia seja votada na comissão após o feriado do dia 12 de outubro.
Com a notificação de Michel Temer, que ocorreu nessa quarta-feira (27), começou a contar, nesta quinta (28), o prazo de 10 sessões para que o presidente e os ministros denunciados, Eliseu Padilha e Moreira Franco, apresentem a defesa. E o prazo de cinco sessões para a comissão discutir e votar o relatório só começará a contar a partir da apresentação da última alegação dos advogados dos três acusados em análise.
E apesar de o presidente da CCJ já ter decidido analisar a denúncia em conjunto, o possível fatiamento do caso voltou à tona. O deputado Alessandro Molon, da Rede, que apresentou uma questão de ordem pedindo o fatiamento, afirmou que vai recorrer e que vai apresentar um requerimento pedindo a votação em separado.
Mas a base aliada critica a proposta. Segundo o deputado Carlos Marun, do PMDB, a denúncia é uma só e deve ser discutida e votada em conjunto. E, para garantir que essa proposta de votação em separado seja vetada e também que a acusação seja rejeitada na CCJ, o parlamentar não descarta trocas na comissão.
Sobre as trocas na CCJ, o presidente Rodrigo Pacheco afirmou que mudar membros da comissão é prerrogativa dos partidos, mas disse que preferia que as bancadas evitassem mudanças.