Seis testemunhas de defesa de dois acusados da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro, foram ouvidos nessa terça-feira (24), pelo juiz Marcelo Bretas.
A Cadeia Velha investiga esquema de corrupção envolvendo a cúpula da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).
Os deputados Jorge Picciani, presidente afastado da Alerj, Paulo Mello e Edson Albertassi são acusados de receber propina para garantir a aprovação de medidas legislativas em favor de empresas dos setores de construção civil e transporte público.
Foram ouvidos os indicados das defesas de Jorge Luiz Ribeiro, apontado como operador financeiro de Jorge Picciani, e de Carlos Cesar Pereira, empresário do ramo de construção.
Dois empregados da empresa de Turismo BKR Viagens foram ouvidos como informantes e afirmaram desconhecer qualquer conduta ilícita dos donos da empresa.
Jean Pierre da Costa Abreu afirmou que a empresa chegou a fazer operações com a corretora de câmbio Hoya, para pagamento de hotéis fora do país, mas que nunca recebeu dinheiro vivo ou viu Jorge Luiz Ribeiro receber.
Jean Pierre também confirmou que o deputado Jorge Picciani e a família são clientes da agência. As testemunhas de defesa de Carlos César Pereira negaram conhecimento de qualquer irregularidade nos negócios do empresário.
Outros acusados da Cadeia velha são os empresários da Fetranspor Lélis Teixeira e Jacob Barata, além do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Barbosa da Silva Júnior.