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Política

Anistia Internacional cobra de autoridades e políticos garantia de eleições sem violência

Segundo Turno
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Raquel Junia
18/10/2018 - 18:53
Rio de Janeiro

A Anistia Internacional divulgou um comunicado demonstrando preocupação com o aumento de episódios de violência durante o período eleitoral em todo o Brasil.  A instituição cobra uma atuação rápida das autoridades e uma investigação que considere a possibilidade dos casos serem crimes de ódio, motivadas por discriminação racial, de gênero, de orientação sexual e identidade de gênero ou ainda por razões de opinião politica.

 

O comunicado traz como exemplo o assassinato do Mestre de capoeira Moa do Catendê, na Bahia, logo após o primeiro turno. O mestre foi morto a facadas depois  uma discussão sobre as eleições na qual declarou apoio ao candidato Fernando Haddad.

 

A Anistia destaca que as primeiras informações sobre o caso indicam que o assassinato teve motivação política.E que além deste crime, houve várias outras situações de agressões relatadas na imprensa ou pelas redes sociais.

 

O comunicado alerta ainda para o fato de que diferentes candidatos a cargos públicos nestas eleições emitiram declarações que fomentam um contexto de intolerância, e que em alguns casos podem ser  inclusive ser categorizados como de discurso de ódio.

 

E lembra que o Brasil, como estado parte do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, tem a obrigação de implementar as medidas necessárias para combater toda forma de discriminação, inclusive por motivo de opinião política.

 

O texto encerra conclamando também as autoridades públicas, os partidos e os candidatos a condenar publicamente a incitação ao ódio, à discriminação e à violência, e mandar uma mensagem clara de que os crimes dirigidos contra pessoas por motivos discriminatórios não podem ser tolerados.

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