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Política

Cunha, Geddel e Henrique Alves estão entre denunciados pelo MPF por fraudes na Caixa e no FGTS

Ministério Público
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Kariane Costa
06/10/2018 - 10:22
Brasília

Dezoito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por fraudes que somam R$ 3 bilhões no âmbito da Operação Cui Bono. 

 

Entre os denunciados, estão o ex-deputado Eduardo Cunha e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, também o operador financeiro Lúcio Funaro e o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto. 

 

Eles devem responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.  Ao todo foram quatro denúncias, envolvendo cinco empresas.

 

A operação Cui Bono, da Polícia Federal, investigou fraudes na liberação de empréstimos da Caixa e desvios de recursos no Fundo de Investimento do FGTS. As denúncias foram encaminhadas à 10ª Vara Federal de Brasília, onde o juiz responsável é Vallisney de Souza Oliveira.

 

Segundo os procuradores, o esquema garantia vantagens indevidas às empresas mediante pagamento de propina, usadas tanto para enriquecimento ilícito como para caixa dois de campanha.

 

Os crimes teriam ocorrido entre 2011 e 2015, período no qual Geddel Vieira Lima foi vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa. Fábio Cleto teria sido indicado ao cargo por Eduardo Cunha.

 

Ex-operador financeiro de Cunha, o analista Lúcio Funaro delatou o esquema em acordo de colaboração premiada.

 

Foram denunciados ainda empresários e executivos ligados às empresas Marfrig, Bertin, J&F e Grupo BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários. O MPF pede à Justiça que elas sejam obrigadas a reparar o prejuízo superior a R$ 3 bilhões causado ao patrimônio público.

 

Por meio de nota, a Marfrig disse que o executivo da empresa Marcos Molina dos Santos fechou acordo com o Ministério Público Federal para reparação de eventuais danos.

 

A defesa de Eduardo Cunha disse que as acusações são baseadas em palavras de delatores, sem provas.

 

Já a defesa de Henrique Eduardo Alves disse que ainda não teve tempo de ler toda a denúncia.


Até o fechamento desta reportagem não conseguimos contato com outros citados.

 

*Com informações da Agência Brasil 

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