Em uma votação rápida, o plenário do Senado definiu os nomes que vão compor a Mesa Diretora da Casa. Ao todo 11 partidos são representados.
Bem diferente das tumultuadas sessões para a escolha do presidente do Senado na última semana, e sem a presença do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, a eleição dessa quarta-feira (6) teve chapa única, fruto de acordo entre os líderes formalizado um dia antes.
Além do presidente Davi Alcolumbre, do Democratas, a mesa do senado terá Antonio Anastasia, do PSDB, na primeira vice-presidência, e Lasier Martins, do Podemos, na segunda vice-presidência.
A primeira-secretaria, que coube ao PSD, o indicado foi o senador Sérgio Petecão, que será responsável, entre outras tarefas, pela administração do orçamento do Senado.
Para a segunda-secretaria, o escolhido foi Eduardo Gomes, do MDB, que vai lavrar as atas das sessões.
O terceiro-secretário, Flávio Bolsonaro, do PSL, e o quarto-secretário, Luis Carlos Heinze, do PP, têm como atribuição fazer a chamada de senadores nos casos previstos no regimento. Vão contar votos quando houver verificação de votação no plenário e também auxiliar o presidente na apuração dos resultados das votações.
Os quatro suplentes de secretários escolhidos são do PPS, PDT, PT e PSB.
Quebrando a tradição da Casa, a prioridade nas escolha dos nomes não foi critério da proporcionalidade pelo tamanho das bancadas. Desta vez, foram contemplados os partidos que se aliaram na eleição do senador Davi Alcolumbre para presidir o Senado.
Na avaliação de Alcolumbre, a pacificação foi restaurada.
Antes do início da votação, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede, chegou a pedir que fosse votado em separado o nome do senador Flávio Bolsonaro por ser filho do presidente Jair Bolsonaro.
O líder do PSL, Major Olimpio, e o próprio Flávio Bolsonaro protestaram.
No fim, o pedido foi rejeitado pelo presidente do Senado e por boa parte dos senadores, respeitando assim a indicação do PSL para terceira-secretaria.
Os parlamentares escolhidos da Mesa Diretora vão exercer as funções pelos próximos dois anos.
Na próxima terça-feira (12), em nova reunião, os líderes vão definir as presidências das comissões no Senado.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é a mais cobiçada, deve ficar com o MDB. A Comissão de Assuntos Econômicos deve ficar com o PSD, partido com a segunda maior bancada.