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Senado aprova PEC do Orçamento Impositivo; matéria volta à Câmara

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Lucas Pordeus León
04/04/2019 - 09:57
Brasília

O Senado aprovou, em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que determina o pagamento obrigatório das emendas de bancada. Foram 59 votos a favor e apenas cinco contrários.

 

Em acordo com o relator, Espiridião Amin, do PP de Santa Catarina, foi incluído na proposta um escalonamento no valor das emendas.

 

A Câmara havia aprovado o valor de 1% da receita corrente líquida já para 2020, mas o Senado aprovou um percentual de 0,8% para o próximo ano e 1% só a partir de 2021.

 

Dessa forma, apenas com as emendas de bancada, cada estado terá mais R$ 300 milhões para gastar como achar melhor em obras ou serviços, chegando a R$ 1 bilhão no prazo de três anos.

 

Uma emenda de bancada é uma emenda coletiva, de autoria das bancadas estaduais ou do Distrito Federal para atender os interesses dessas unidades da Federação.

 

Também foi retirado do texto o termo “caráter estruturante”, que condicionava o atendimento às mais diversas necessidades e prioridades de uma determinada região.

 

Assim, o regime de execução obrigatória será aplicado a todas as emendas de bancadas estaduais indistintamente e não somente a um subconjunto delas.

 

No plenário, a maioria dos senadores defendeu a ampliação do Orçamento Impositivo como instrumento moralizador da distribuição de recursos no país, acabando com a prática do “toma lá, dá cá”, como destacou o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá.

 

Contrário à proposta, o senador Álvaro Dias, do Podemos do Paraná, defendeu que no lugar deveria ser aprovada uma reforma fiscal e tributária.

 

Como a PEC foi alterada no Senado, volta para nova análise da Câmara dos Deputados.

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