O novo ministro da Educação, Victor Godoy, negou que tenha participado de agendas com pastores evangélicos, mas admitiu que esteve em alguns eventos públicos em que eles estavam presentes. Godoy disse ainda que durante o período de um ano e oito meses em que Milton Ribeiro, esteve à frente da pasta, o ex-ministro jamais solicitou a realização de qualquer ato irregular.
Victor Godoy foi ouvido nesta quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados sobre supostas irregularidades durante o mandato de Ribeiro no MEC. Na época, Godoy ocupava a secretaria-executiva do Ministério.
Ainda sobre o assunto, Godoy afirmou que, desde que está à frente do MEC, ao tomar conhecimento de qualquer denúncia, enviava imediatamente, para apuração, à CGU, Controladoria Geral da União, por recomendação do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro da Educação respondeu também sobre obras paradas em escolas, e disse que, em certos casos, é mais conveniente iniciar obras novas do que terminar as que estão em andamento.
Godoy é o quinto ministro da Educação nomeado no governo Bolsonaro, e comanda a pasta desde 18 de abril. Ele está à frente ao MEC de forma interina desde 30 de março, quando Milton Ribeiro deixou o Ministério.
E no Senado, a comissão de Educação ouve também dois representantes do FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O objetivo é esclarecer denúncias de irregularidades no Ministério da Educação e no Fundo da Educação. Os deputados começaram à investigação do caso após fatos divulgados na imprensa de que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro teria dito priorizar, no repasse de recursos, amigos do pastor Gilmar Santos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
