Com relatório de indicação lido e pedido de vista coletivo concedido, como manda o regimento, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre, marcou para a quarta-feira que vem, dia 21, às 10h, a sabatina do advogado Cristiano Zanin. Ele foi indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril.
A rapidez na tramitação da indicação foi motivo de questionamento por parte do senador Eduardo Girão. Ele lembrou que, no caso de André Mendonça, por exemplo, houve uma demora de quatro meses entre a chegada da mensagem e a votação do relatório na CCJ. E agora, com Zanin, esse prazo foi de poucas semanas. Ao que Davi Alcolumbre respondeu: diante das críticas quanto à demora na outra vez, achou por bem dar a maior celeridade possível agora.
A declaração veio depois da leitura do relatório por parte do senador Veneziano Vital do Rêgo. Ele fez uma análise do currículo de Zanin, da formação acadêmica do advogado e também se a indicação atende a critérios definidos pela Constituição para ocupar o cargo de ministro do STF.
Entre as exigências estão: o candidato ter idade entre 35 e 74 anos, notável saber jurídico e reputação ilibada.
E lembrou que integrantes do Judiciário devem sempre ser imparciais, independentes e equilibrados.
Depois da sabatina, na quarta-feira, o nome de Zanin será apreciado pelo plenário do Senado. Ele será aprovado se atingir pelo menos 41 votos dos senadores. Mas a expectativa do governo é a de que ele seja aprovado com pelo menos 60 votos.