Comissão de Constituição e Justiça do Senado lotada para ouvir o advogado Cristiano Zanin e uma das perguntas principais foi com relação ao fato dele ter sido advogado particular do presidente Lula, na época da Lava Jato. Um dos advogados, inclusive, que atuaram na anulação das condenações de Lula no Supremo Tribunal Federal, em 2021, e na retomada dos direitos políticos do presidente. Sobre esse assunto, Zanin foi claro: vai obedecer à Constituição, sem subordinações a quem quer que seja.
Um dos momentos que muita gente queria ver era o dos questionamentos do senador Sérgio Moro, que foi juiz da Lava Jato e quem teve as condenações impostas a Lula anuladas justamente pelo trabalho de Zanin.
E Moro começou falando que não existiam problemas pessoais entre os dois.
Moro chegou a questionar sobre uma notícia que teria lido na internet: se Zanin era padrinho de casamento de Lula. O advogado negou. Assim como disse que jamais irá negar a relação que tem com Lula e a gratidão que tem pela indicação dele. Acrescentou que vai se declarar impedido de julgar ações às quais tenha alguma ligação como advogado. Regra objetiva, disse Zanin.
O advogado ainda se classificou como defensor da constituição e atento às violações de direitos e garantias fundamentais.
Depois da sabatina, os senadores votam o relatório do senador Veneziano Vital do Rego, favorável à indicação. A previsão é de que o parecer seja votado em plenário ainda nesta quarta-feira (21). Lembrando que a votação tanto na CCJ quanto no Plenário é secreta e precisa de maioria de votos.
