Ao tomar posse como novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski citou os desafios da pasta contra as organizações criminosas e disse que as soluções não são fáceis. Para ele, para combater esse tipo de crime não basta piorar as penas.
A cerimônia de posse ocorreu nesta quinta-feira (1º), no Palácio do Planalto, na presença do ex-titular da Justiça Flávio Dino, do presidente Lula e de autoridades. Segundo Lewandowski, o enfrentamento ao crime organizado deve ser promovido a partir do aprofundamento das alianças entre estados e municípios, a quem cabe, inicialmente, a responsabilidade pela segurança pública.
Ao agradecer a contribuição de Dino, à frente do ministério da Justiça, Lula citou a troca entre um ex-ministro e um futuro ocupante da cadeira do Supremo. Também mencionou a autonomia dada a ambos, na escolha da equipe.
Enrique Ricardo Lewandowski nasceu na cidade do Rio de Janeiro e tem 75 anos. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal entre 2006 e o ano passado, quando foi aposentado por alcançar a idade limite na Suprema Corte.
Lewandowski é mestre e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo. Na área jurídica, já atuou como Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e como vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros. Foi presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, e presidiu o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, no Senado Federal. Ricardo Lewandowski já foi ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral e exerceu por três dias o cargo de Presidente da República, em 2014.
Com a posse do novo titular da Justiça, Flávio Dino reassume, temporariamente, o mandato no Senado, onde fica até a sua posse para uma das cadeiras do Supremo, no dia 22 de fevereiro.