Decreto que limita aglomerações no DF muda rotina e eventos; entidade diz que medida é radical
O dia-a-dia dos moradores do Distrito Federal será diferente pelo menos até o próximo domingo, quando ainda valerá o decreto que proíbe a aglomeração de pessoas devido ao coronavírus.
As aulas nas escolas públicas e privadas, faculdades e universidades estão suspensas por cinco dias. Eventos com mais de 100 pessoas, shows e competições esportivas também não devem ocorrer neste período.
O decreto estabeleceu também que os restaurantes, bares e estabelecimentos similares devem manter a distância de dois metros entre as mesas para evitar a possível proliferação dos vírus. O presidente do Sindobar, sindicato da categoria, Jael Antônio da Silva, diz que vai recorrer da medida.
“Tentar fazer uma solicitação do governo, porque o afastamento de dois metros praticamente vai inviabilizar mais de 50% da ocupação dos restaurantes e bares. A gente só acha que é uma medida muito radical”.
Ainda não há confirmação se o evento do UFC marcado para sábado no Nilson Nelson vai realmente acontecer. A Arena BSB, que administra o local, informou que os produtores ainda não decidiram se cancelam, adiam, realizam sem público ou devolvem os ingressos. Quem comprou ingresso para o jogo do Candangão no fim de semana também deve esperar posicionamento dos produtores.
As academias continuam abertas. De acordo com a presidente do sindicato da categoria, Thaís Yeleni, a regra é reforçar a higiene dos alunos e aparelhos.
“Não deixar as portas fechadas, ter álcool em gel acessível, limpar aparelhos com maior frequência. A gente não vê a necessidade de fechar academias por causa do decreto”.
Os espíritas não devem ir aos centros, já que a Federação Espírita Brasileira informou que as atividades estarão suspensas por cinco dias. Também não haverá visitas aos presídios até o dia 20 de março.
Os inscritos no concurso da Polícia Civil não devem ir aos locais de prova no domingo, porque os testes foram adiados.
Agora, em órgãos públicos como a Câmara Legislativa e o Superior Tribunal de Justiça, o expediente é normal, mas aqueles funcionários que viajaram para o exterior devem trabalhar de casa.