A cientista Jaqueline Goes de Jesus ainda era estudante de Biomedicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, quando deu os primeiros passos na pesquisa científica aos 19 anos. De lá pra cá, já se passaram 10 anos. Fez mestrado em Biotecnologia na Fiocruz e doutorado em patologia humana na Universidade Federal da Bahia.
Atualmente, faz pós-doutorado no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo. Foi a experiência nos laboratórios que resultou, em menos de 24 horas, no sequenciamento genético do novo coronavírus no primeiro paciente diagnosticado com COVID-19 no país, como explica a pesquisadora.
O sequenciamento genético do coronavírus foi realizado no grupo de pesquisa coordenado pela cientista Ester Sabino. Com várias publicações científicas, a doutora Jaqueline Goes diz que não enfrentou dificuldades na ciência por ser mulher, até mesmo porque trabalhou em grupos onde as mulheres eram maioria.
Mas a pesquisadora conta que muitas cientistas ainda ficam sem o crédito pelo trabalho que realizam.
Às estudantes que desejam seguir a carreira científica, Jaqueline Goes diz que a dedicação deve começar na graduação.
O currículo da doutora Jaqueline Goes inclui estudos sobre o retrovírus HIV e pesquisas com os vírus que provocam Zika e Chikungunya.