Aproximadamente quatro mil indígenas venezuelanos vivem atualmente no Brasil, por causa do fluxo de refugiados e migrantes. A partir desse cenário e da pandemia do novo coronavírus, uma cartilha escrita em quatro diferentes idiomas, inclusive línguas indígenas, deve ajudar nos esforços de apoio a essas populações mais vulneráveis, além de auxiliar profissionais de saúde.
A publicação “Comunicação sobre Saúde com Indígenas Warao e Eñepa”, lançada pela Acnur, Agência da ONU para Refugiados e a Federação Humanitária Internacional, traz a perspectiva intercultural para falar sobre saúde, diagnóstico e tratamento de acordo com a cosmologia de cada grupo indígena.
Lideranças indígenas apoiaram na tradução, revisão e ilustração da cartilha que traz informações sobre as doenças mais comuns entre essas populações, como a gripe, tuberculose, pneumonia e asma. Ainda inclui as medicinas tradicionais utilizadas por cada grupo no tratamento de queimaduras, febre, inflamações, entre outros sintomas e informações sobre a Covid-19.
O caderno poderá ser impresso e distribuído em postos de saúde local e também à população indígena venezuelana.