Sem vagas em UTIs, DF decreta toque de recolher
Sem vagas de UTI para pacientes com a covid-19, o governo do Distrito Federal anunciou, nesta segunda-feira (08), toque de recolher entre 22h e 5h.
Nesse período, todos devem permanecer em casa, com exceção de deslocamentos de caráter excepcional para atender necessidades de saúde ou compra de medicamentos. O transporte coletivo vai continuar funcionando para esses deslocamentos inadiáveis.
Os estabelecimentos comerciais devem fechar as portas às 22h. Somente hospitais, clínicas, farmácias, postos de gasolina e funerária vão poder funcionar. Entregas poderão ser feitas até às 23h, desde que os pedidos sejam realizados até as 22h.
O secretário-chefe da Casa Civil do governo do DF, Gustavo Rocha, diz que a decisão pelo toque de recolher é consequência da alta aceleração das contaminações pelo coronavírus.
O governo do DF justificou que as atividades com maior taxa de transmissão ocorrem a noite, e por isso outras atividades, como escolas e academias, continuam autorizadas a funcionar.
O toque de recolher não será válido para servidores públicos, policiais, bombeiros, profissionais de saúde, advogados em diligência para alvarás de soltura, e representantes eleitos do poder executivo e legislativo.
O descumprimento do toque de recolher prevê multa de R$ 2 mil e encaminhamento para autoridade policial. A restrição de locomoção vale até 22 de março, mas pode ser prorrogada.
O governo do DF informou que o hospital de campanha do estádio Nacional Mané Garrincha foi desmontado em outubro devido ao encerrado do contrato. O governo ainda anunciou a contratação de outros 3 hospitais de campanha, que podem acolher até 300 leitos de enfermaria.
Em relação ao oxigênio hospitalar, o governo disse que não há problemas no seu fornecimento e que o contrato atende à demanda. Caso seja necessário será feita a aquisição emergencial.
Nessa segunda (08), a ocupação das UTI chegou a 96%. O governo promete a criar 119 novos leitos ainda nesta semana na capital federal.