Servidores da rede federal de saúde do Rio de Janeiro fizeram um protesto nesta segunda-feira (1º) reivindicando a renovação dos contratos temporários de mais de 1,4 mil profissionais que venceram neste fim de semana. Eles alegam que a dispensa prejudica a assistência nos seis hospitais e três institutos da rede no estado, já sobrecarregados com a pandemia do novo coronavírus, e a paralisação parcial do Hospital Federal de Bonsucesso, incendiado em outubro do ano passado.
Com a saída dos trabalhadores, o quadro de temporários da rede caiu de cerca de 4,7 mil profissionais para 3,3 mil, contratados em um certame em meados do ano passado.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Previdência Social do Estado (Sindsprev), Cristiane Gerardo, esse processo seletivo não solucionou o déficit de pessoal, porque nem todo o quadro das unidades foi reposto, e apenas uma minoria dos selecionados já trabalhava na rede.
A Superintendência Estadual do Ministério da Saúde afirmou, no entanto, que a renovação dos contratos desses 1,4 mil profissionais foi feita de acordo com uma medida provisória editada pelo Governo Federal. Esta, por sua vez, determinou que a vigência dos contratos não poderia ultrapassar o dia 28 de fevereiro, já que atenderia a uma necessidade temporária de excepcional interesse público.
A diretora do Sindsprev afirmou que a categoria em buscado apoio entre parlamentares, e reivindica que o governo edite nova medida provisória com a renovação dos contratos.
A nota divulgada pela Superintendência do Ministério diz ainda que o certame realizado em 2020 se destinou à contratação de mais de 4,1 mil profissionais, o que representa o quadro total de temporários da rede, e que providências estão sendo tomadas para que todos comecem a trabalhar o mais rápido possível.