A veterinária Luana Bucher, de 25 anos, que mora no Distrito Federal, doa leite materno há um mês, incentivada por uma amiga e pela mãe, que precisou de leite humano para uma das filhas que nasceu prematura. Luana detalha que é fácil fazer a doação, pois eles trazem os frascos e buscam o leite na casa do doador.
Nessa quarta-feira, Dia Nacional e Mundial de Doação de Leite Humano, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para atrair mais mães que podem ajudar a salvar a vida de recém-nascidos que estão em UTIs neonatais. O Brasil é referência internacional e possui uma das maiores redes de bancos de leite humano do mundo, com mais de 200 postos e outros 220 pontos de coleta distribuídos por todo o país.
Segundo o Ministério da Saúde, o volume de leite materno doado aumentou 2,7% no ano passado, em comparação com 2019. 182 mil mulheres doaram 229 mil litros de leite, beneficiando 212 mil recém-nascidos.
Apesar da estrutura dos bancos de leite e das doações, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alertou que atualmente as doações só atendem a 64% da demanda do país. O ministro ressalta a importância de atrair novas doadoras. A campanha foi lançada no Fórum de Cooperação Técnica Internacional que discutiu a Rede Global de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, destacou que o leite humano é a primeira vacina que a criança recebe.
O Ministério da Saúde reforça que é seguro e necessário manter a doação mesmo em tempos de pandemia: um gesto de esperança e que pode salvar a vida de quem mais precisa. Pra se ter ideia, apenas 1 ml de leite é suficiente para alimentar um bebê prematuro.