Às vezes, o esquecimento de atividades simples do cotidiano, como regar plantas ou se perder em lugares que a pessoa sempre vai, pode indicar sintomas de uma doença. É o Alzheimer. De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência da enfermidade em pessoas com 65 anos ou mais é de 11,5%. O Alzheimer ainda não tem cura, mas existem tratamentos que fazem com que a evolução da doença seja mais lenta.
Pela primeira vez em 18 anos, a agência reguladora nos Estados Unidos aprovou um novo remédio, chamado de Aducanumab. No Brasil, a medicação ainda não está aprovada para uso, e aguarda o aval da Anvisa.
A coordenadora do Departamento de Neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, Jerusa Smid, explica que o Aducanumab combate a presença de uma proteína chamada de beta-amiloide no cérebro dos pacientes. O acúmulo dessa proteína é um dos responsáveis pela doença. No entanto, Jerusa afirma que ainda não foi comprovado beneficio clinico para os pacientes.
A especialista diz que a agência reguladora norte-americana aprovou a medicação no intuito de ampliar o uso para medir a eficácia clinicamente.
O novo remédio é destinado a pessoas na fase inicial da doença, por isso a importância do diagnóstico precoce. Entre os primeiros sinais do Alzheimer estão a dificuldade de memorizar informação recente, ou não se lembrar os nomes das coisas ou de pessoas próximas. Jerusa Smid alerta que é hora de procurar um especialista.
E aí entram as medidas preventivas, que acabam retardando a evolução. A dica é: tudo que você lembrar que é bom coração, é bom cérebro também. Tratar o colesterol, diabetes, pressão alta, insônia, apneia, não fumar e fazer atividades física pelo menos três vezes por semana.
Também é importante fazer atividades que estimulam o cérebro, como palavras cruzadas, aprender novo idioma, tocar um instrumento ou investir em uma nova habilidade.